quinta-feira, 17 de novembro de 2011


Vem e me nina, continuo tão menina… Toma meu pranto, me arruma um canto, pode ser no meio do teu encanto. Que encanta. Vem e me canta, pode até cantar mansinho, sussurrar carinho. Só preciso ficar segura, sou pequena e não é só de altura. Preciso tanto de um amparo, ver tudo mais claro. Só você pra me ajudar…Porque não vens me buscar?
Me esconde do mundo, me tira do meu próprio fundo. E faz o vazio menos frio. Pega minha vida e enfeita, leva essa dor que me espreita. Deixa que ela durma ao relento. Traz de volta meu alento. E me abraça devagarinho, até virar ninho, pro meu vôo se aninhar. Vem ser minha asa…

Paula Andrade

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